4 de dezembro de 2013

Poucos dias...afinal são 365!

Pois é.
Já não vamos a Marrocos.
Não vamos em Março, conforme estava mais ou menos agendado.
Mas vamos. Claro que vamos.

Por uma questão de logística e devido ao trabalho de alguns, este projecto teve que ser adiado.
Possivelmente iremos em Outubro de 2014.
É bom... mas falta tanto!!!
Logo agora que só faltavam cerca de 2 meses, afinal faltam 12!!!

Mas não faz mal...

A alegria com que iremos será a mesma ou maior, pois o tempo que falta agora é tanto, que a ansiedade vai aumentando todos os dias sempre mais um bocadinho.
Quando soube que não ia em Março, fiquei triste, confesso...mas é mesmo assim estes projectos.
Não foi cancelado, foi apenas adiado por uns dias...365 dias!
Continuamos a juntar os euros na garrafinha de litro e meio, continuamos a recolher roupas, brinquedos e outras coisas que queiram dar às crianças e adultos que mais necessitam em terras marroquinas.

Não estou triste por não ir já, mas tenho o coração mais pequenino por saber que ainda falta tanto tempo para lá voltar! 
Aquela terra de ninguém e de todos é mesmo assim: ou se ama ou se odeia! E eu amei lá ter estado e vou amar de igual forma ou mais ainda lá regressar.
O Deserto deixa marcas profundas na nossa pele, marcas que não saem com lavagens nem com o passar dos anos e do desgaste da vida! São lembranças que carregarei comigo a vida toda e que farei questão de partilhar com todos aqueles que me vão rodeando ao longo da minha caminhada pela vida.

Marrocos... depois de lá ir uma vez, a necessidade de voltar é maior do que eu! Adoro viajar, claro, mas esta experiência nesta aventura por terras desconhecidas, por caminhos incertos e pessoas diferentes de nós, culturas e hábitos novos, transformou-me. Transformou-me até numa pessoa melhor, confesso!

Marrocos é como um local para recarregar baterias, para reflexões, para aventuras, convívio. Há companheirismo, há alegria, saudades da nossa casa, da nossa terra, das nossas gentes, que ficam por cá com os corações mais apertados que os nossos tal é a ansiedade de receberem todos os dias noticias nossas, que tudo está a correr bem por lá!

Por agora, teremos que continuar apenas a sonhar com o regresso... Mas um ano passa depressa!
Tão depressa como pestanejar... ainda agora estou a escrever que falta muito, como em breve estarei a escrever que " é já amanhã a partida..."...

aTTé breve


7 de novembro de 2013

A poucos dias de lá voltar

Há medida que os dias passam e o calendário se aproxima do final do ano, Marrocos começa a ficar mais perto...
A partida está mais ou menos agendada para final de Fevereiro, início de Março, o que em tempo real
quer dizer que faltam cerca de 100 a 120 dias, mais dia menos dia.

O frio chega agora a Portugal e lembro-me do calor que sentimos no deserto em pleno mês de Novembro do ano passado quando lá chegámos. Era incrível aquela imagem das dunas a aproximarem-se de nós! 
Foi num dia Outono, ao final do dia, chegámos ao hotel e os camelos esperavam por nós.
A primeira experiência de pisar estas dunas foi única! E ainda para mais fazer o percurso de camelo!

Depois de dias e dias sempre debaixo de chuva, finalmente o sol brilhava com muita intensidade em Merzouga...

E foi assim o passeio de camelo pelas dunas do Erg Chebbi...



aTTé breve...

1 de novembro de 2013

Asilah

Nesta próxima expedição iremos passar por esta cidade, bastante curiosa e cheia de pormenores interessantes,

Talvez no regresso a Lisboa fiquemos aqui a dormir, ainda está em análise esta hipótese.

Fica a imagem do local e alguns dados curiosos.

aTTé breve...


Arzila (em francêsAsilah; em árabeأصيلةtransl.: Aṣīla) é uma cidade que se localiza na costa atlântica do norte de Marrocos, naÁfrica.
Foi uma possessão Portuguesa entre 1471 e 1550 e, novamente, entre 1577 e 1589.
Como parte da política de expansão ultramarina portuguesa, foi conquistada por Afonso V de Portugal (1438-1481), com uma poderosa armada (477 navios e 30 mil homens), a 24 de Agosto de 1471. Este episódio está ilustrado em três das chamadas Tapeçarias de Pastrana.
Em 1520 Manuel I de Portugal criou a feitoria de Arzila, e:

Para a sua defesa, o soberano criou a chamada Esquadra do Estreito.
Tal como a Tânger, Arzila recebeu famílias judias espanholas após 1490, para ali direcionadas pela Coroa Portuguesa, com o fim de colonização.
A partir de 1509, a sua fortificação foi ampliada e reforçada, com traça de Diogo Boitaca, que reconstruiu a alcáçova e a cerca amuralhada de seu porto, combinando elementos arquitetônicos tradicionais como a torre de menagem e a couraçada, com outros mais evoluídos, como os baluartes com canhoneiras da "Porta da Vila" e o da "Pata da Aranha".
A praça foi abandonada pelas forças portuguesas em 1550, após a conquista de Fez pelo Xarife saadiano Mohammed ech-Cheikh, em31 de Janeiro de 1549. Marrocos ficava agora unificado dobaixo do domínio de um só soberano, e a Praça-forte não poderia lutar muito tempo contra ele, segundo o rei D. João III, que preferiu guardar apenas Ceuta e Tânger.
Foi novamente ocupada de 1577 a 1589, na sequencia do desembarque de D. Sebastião para a falhada conquista de Marrocos.

26 de outubro de 2013

365 dias...

...faz hoje 365 dias que partimos nesta primeira aventura de Loures até Zagora.

Um ano, resumidamente falando, faz um ano que saímos rumo ao Alentejo, Sevilha, sul de Espanha...

Chegámos a Tarifa e embarcamos na viagem de barco mais atribulada de sempre das nossas vidas.

Não vale a pena estar novamente com  descrições da viagem de barco, da chegada à outra margem e até a primeira dormida e o primeiro jantar - sopa no quarto, ou em francês "soupe dans la chambre" :-)

Não vale a pena descrever o primeiro pequeno almoço "dans la rue" em solo marroquino ou a Floresta dos Cedros cheia de macacos manhosos e cães esfomeados.

A chegada a Midelt ao cair da noite, a passagem pelo atlas no dia seguinte e o esquecimento do Xiquinho, que deixou a carteira na Riad Midelt e o ter que voltar 80 km para trás...só com a Mónica!

Não vale a pena descrever a chegada ao primeiro oásis, onde almoçámos uma bela refeição de enlatados ou o primeiro vislumbre das dunas em Merzouga.

Não vale a pena também conta-vos da passagem pelo maior rio seco de todo o percurso ou pela passagem da famosa areia "fés fés" antes da chegada a Zagora - o ponto mais a sul onde esta expedição iria.

Depois, também não vale a pena contar como foi o regresso a casa, passando por Ouarzazate, Marraqueche, Rabat, Tânger de novo e o barco que nos trouxe de volta a solo europeu... Tudo pormenores, que não vale a pena descrever...

Chegamos finalmente a Loures...
Depois de 8 dias de aventuras e histórias únicas, estávamos de volta a casa.

Lembro-me daqueles dias de pós viagem (estive de férias), pois não houve um só em que não pensasse em tudo de novo, como se lá continuasse ainda naquele pedacinho de solo no norte de África.

E, pensando bem, poucos são os dias que passam em que não me lembre de algum episódio desta viagem, algum pormenor que me foi escapando, mas que ao ler os meus apontamentos de viagem me recordo de novo.

Foi de facto uma experiência única na minha vida, sei que quando lá voltar a sensação não será a mesma, pois já não vou para um local totalmente desconhecido, já parte do que vamos viver, vivi nesta viagem...
Por isto e muito mais que não dá para contar, só vivendo, esta viagem foi, até hoje, a viagem da minha vida!

Pensando até friamente, dificilmente terei outra viagem que me marque como esta...

Aproveito para agradecer a todos os que me acompanharam, os seis magníficos!! Fomos todos espectaculares nestes dias de viagem, são todos pessoas excelentes, bons amigos, companheiros no verdadeiro sentido da palavra.
Sem vocês, não seria a mesma coisa!!

Obrigada por cada momento que desfrutámos nesta aventura, espero em breve poder partilhar convosco mais uma ida até lá abaixo!!!

aTTé breve...

Deixo a imagem que para mim resume de certa forma o que foi esta viagem:


7 de outubro de 2013

Gargantas de Todra

Parece que na próxima expedição iremos passar por aqui...



As Gargantas do Todgha (em árabeتدرة جورج; em francêsGorges du Todgha ou Todra) é um desfiladeiro na parte oriental da cordilheira do Alta Atlas, situado a noroeste da cidade de Tinghir (Tinerhir). À semelhança do vizinho Oued Dadès, o Todgha escavou um desfiladeiro muito profundo e estreito, ladeado de escarpas muito íngremes que chegam a ter 200 metros de altura nos últimos 40 km do percurso através das montanhas. Os últimos 600 metros constituem o trecho mais espetacular. Aí, o cânion fica ainda mais estreito, não ultrapassando os 10 m de largura em alguns lugares, e é ladeado por paredes praticamente verticais de rocha macia que atingem os 160 m de altura. A pequena corrente de glaciar parece algo deslocada no vale, o qual deve ter sido percorrido no passado longíquo por um rio com muito maior caudal.nt 2
Outrora um local remoto e de difícil acesso, atualmente o desfiladeiro é servido por uma estrada de betão que sobe o vale desde a zona dos hotéis na entrada das gargantas, onde termina a estrada asfaltada que dá acesso a Tinghir, servindo as aldeias de Aït Hani, Tamtatouchte e Imilchil. O desfiladeiro é popular entre os praticantes de caminhada e de escalada. Nas paredes de rocha robusta e com muitas irregularidades existem mais de 150 rotas de escalada com grampos classificadas com de grau de dificuldade entre 5+ e 8 pelo sistema francês.nt 2

in Wikipedia on-line

3 de outubro de 2013

Sonhando...sonhava...

...sonhei com Marrocos!

Parecia que estava lá. Na estrada que liga Tanger a Chefchaouen. A Cidade Azul.
Sempre a chover.
Os 3 jipes, caminhavam em fila indiana, rumo ao sul.
Ninguém falava dentro dos carros.

À nossa volta, nas ruas, gente conversava na berma de qualquer estrada.
Gente não. Homens. Só os homens conversavam. À chuva. Ao frio.

A meio do percurso havia neve. Imensa neve. Usámos correntes. Era mais seguro.

Não sei porquê, mas havia um casal nosso amigo que foi connosco.
Mas imaginem: foi de carro, não de jipe.
Não sei quem são.
Não lhes vi os rostos. Não lhes vi a marca do carro. Apenas a imagem de um ligeiro a seguir-nos e a conversar connosco onde quer que parássemos.
Mas estavam sempre de costas para o meu sonho.

Antes de Chefchaouen já nos tinham deixado de seguir.
"Quem seriam?", pergunto-me hoje ao longo do dia!

Mas nós continuámos até ao hotel da montanha, onde avistámos a cidade, toda pintalgada de azul e branco.
Pitoresca. É isso. É muito pitoresca esta cidade.

Adormeci de cansaço numa cama de palha. Mas era tão fofinha. Tão aconchegante...

Esta manhã. Foi hoje.
Quando tocou o despertador, acordei desta viagem.

Era assim a imagem que tinha deste local...


30 de setembro de 2013

Já foi quase há um ano...

... que começou a nossa primeira aventura por terras marroquinas.

Lembro-me como se fosse hoje.
E hoje acordei a pensar na viagem até Tarifa.

Saímos de Loures ainda de noite, rumo a Rosal de la Frontera - primeira terra espanhola onde parámos para comer alguma coisa, conversar um bocado, descomprimir, esticar as pernas e aliviar um bocado a ansiedade, visível em todos! Deviam ser umas três ou quatro da manhã...

Não se via vivalma. Ninguém se cruzava connosco naquela bomba à beira da estrada, deserta, abandonada há anos, pois o preço marcava o gasóleo a 1 euro...

Seguimos caminho, sempre noite cerrada. Chovia em território espanhol, onde acabaríamos por voltar a parar mais à frente para tomar um café. O cansaço e o sono começavam a querer vencer-nos.

As crianças nas vilas e aldeias por onde passávamos, seguiam caminho junto à estrada nacional, rumo à escola...o dia começava agora a querer nascer e a chuva a querer parar.

A chegada a Tarifa já foi de dia. Um temporal enorme caiu na altura de entrar no barco...

Sentia borboletas no estômago, arrepios na pele e eu que falo imenso, tenho ideia de que nesta viagem até ao porto de embarque, falei pouco... estava invadida por uma sensação de medo, ansiedade, adrenalina, curiosidade e cansaço, muito cansaço físico, mesmo! Há +/- 28 horas sem pregar olho...

Era tempo de embarcar.

Nesse momento, sentimos todos (penso eu): agora é que isto vai mesmo começar!!!!!

25 de setembro de 2013

5 meses...mais coisa, menos coisa

Só ontem a folhear a minha agenda pessoal dei conta das semanas que faltam para o final de mais um ano.
13 folhas apenas...e o 31/12 é já ali, ao virar de umas páginas de uma agenda.

Só ontem dei conta que falta pouco mais de 5 meses para partirmos em mais esta aventura que é Descobrir Marrocos.

Só ontem dei conta, ao rever alguns vídeos, de locais por onde passámos, estradas sem bermas, caminhos sem marcação, crianças que desciam os montes descalços só para nos alcançarem, casas à beira da estrada, sem janelas e sem portas, comida pendurada na porta das lojas...

Só ontem dei conta como o tempo passa depressa na nossa vida, como apesar de por vezes parecer que foi ontem que lá estivemos, naquelas terras de todos e de ninguém, já está quase a fazer um ano que partimos nesta aventura...única nas nossas vidas.

Só ontem percebi que o tempo são apenas segundos transformados em minutos, em horas... e achamos sempre que ainda falta muito tempo para concretizar todos os sonhos que carregamos nas palmas das nossas mãos...e de repente, os aniversários vão passando, as aventuras vão sendo feitas e o caminho parece sempre mais curto hoje do que ontem...

Só ontem percebi que vamos mais uma vez concretizar um destes sonhos que guardamos nas palmas das nossas mãos, concretizado ao lado das pessoas que gostamos, das pessoas que escolhemos para nos acompanharem nas nossas aventuras...

Só ontem percebi que faltam apenas umas páginas de uma agenda, para que chegue o dia da partida...e tão depressa chegará igualmente o dia da chegada...

aTTé breve...


3 de setembro de 2013

Preparação

Julho e Agosto já lá vão. Meses de férias por natureza.
Quer dizer, nós férias foi mesmo só em Agosto.

Agora, que o Setembro recomeça e os dias vão sendo mais pequenos e mais frios (ou não) é tempo de retomar o projecto Marrocos 2014 – 5000 km.

Pois é verdade, este ano a volta é mais ambiciosa e está prevista para 14 dias de expedição. Não todos os dias a andar de carro, teremos pelo menos tempo para desfrutar de um tal merecido descanso no Auberge do Sud – hotel fantástico nas dunas de Erg Chebbi.

Preparem as máquinas, preparem-se a vocês próprios e comecem a encher os mealheiros, porque esta expedição vai ser fantástica!
Iremos passar em locais por onde passámos em 2012 e noutros locais que serão a primeira vez. É natural, Marrocos é um país enorme e na primeira viagem até lá não se consegue ver tudo.

Este é um dos locais por onde passará a comitiva.
A Cidade Romana mais antiga de Marrocos: Volubilis



Brevemente trarei mais novidades, para já fica só a introdução novamente ao tema, para não pensarem que está esquecido.

O bichinho de Marrocos nunca mais nas nossas vidas vai morrer...poderá apenas adormecer por instantes...mas esses instantes, passam rápidamente!



aTTé breve 

28 de junho de 2013

Vamos passar por aqui...

...Tan Tan Plage


aTTé breve... bons passeios!

Esta próxima expedição está a tomar forma...
Os 3 companheiros da aventura anterior estão confirmados, agora é só ir preparando o mealheiro, porque a vontade essa era de ir já ontem!!!

1 de maio de 2013

Melhores momentos do grupo


Photos by Mónica Martins:

Auberge du Sud - o melhor local onde ficámos hopedados. Fantástico!!!

Saudades do Deserto, das Montanhas, das cidades...
Saudades de Marrocos, um país incrivelmente encantador.
Brevemente iremos numa nova aventura, mas desta vez serão 2 semanas de pura adrenalina!
Só falta um "bocadinho assim"... eh eh :)