Em pormenor ou apenas superficialidades.
Falei do tempo que fazia em Tarifa, em Tânger ou em Zagora.
Falei também da cultura marroquina.
Falei ainda de hábitos estranhos naquele país e de peripécias que vivemos durante 7 dias.
Contudo, tenho que falar de algo realmente importante e que nunca mencionei especificamente.
Algo que se não existisse e não tivesse tido o comportamento, o desempenho, a prestação exemplar, possivelmente a alegria com que tenho escrito sobre esta expedição não seria a mesma.
Sim.
Estou obviamente a falar dos jipes que nos levaram, nos guiaram, nos trouxeram, nos acompanharam diariamente sem acusar cansaço...
No entanto, para primeiro post sobre veículos, vou ter, como é óbvio, de falar do meu. Do nosso.
Land Rover Defender 90 -- Matricula de Novembro de 1998 - 16 anos...um adolescente em crescimento!
Serei sempre suspeita ao falar deste carro.
Não só pelo carisma da marca. Não só pelo fascínio por este em especial.
Mas sim por tudo o que já vivi como co-piloto, navegadora, namorada, amiga, mulher e até mesmo como condutora.
Não só porque eu desde pequena tinha um sonho de um dia ter um jipe.
E este não é um jipe. É "O JIPE".
E com o braço esquerdo sempre de fora da janela.
E os pedais meio desalinhados com a nossa postura de condução.
E os bancos que fazem uns ruídos estranhos.
Ruídos estes que se entranham e passam a normalidade
No entanto, devo dizer que:
Não são problemas. Não são dificuldades. Não são ruídos nem arreliações.
São singularidades de um carro único.
E, assim sendo, não posso deixar de o admirar.
Admiro-o como se tivesse até personalidade própria.
Admiro-o por nos acompanhar sempre que precisamos dele.
Admiro-o ainda por ter 230 mil km, ter andado cerca de um ano com a junta da cabeça queimada e a única queixa era "sede". Perdia água. Mas nunca nos deixou "a pé" por isso.
Admiro-o porque chegam as férias de verão e está sempre pronto para mais uma aventura.
Admiro-o essencialmente porque quando penso nele, penso automaticamente em todos os locais onde já me levou, a locais onde pouca gente em Portugal tem acesso, quer sejam praias mais escondidas, quer seja por serras de norte a sul do país!
E admiro-o ainda mais porque a todos os locais onde me levou, me trouxe sempre de volta a casa...
E, por mais anos que passem, por mais que a velhice se vá aproximando e subir para ele se torne mais complicado, será sempre o carro número UM do Daniel.
One life, live it!!
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