11 de abril de 2014

Não é um jipe....é O JIPE...

Já escrevi acerca desta viagem que fizemos em 2012 várias vezes..
Em pormenor ou apenas superficialidades.

Falei do tempo que fazia em Tarifa, em Tânger ou em Zagora.
Falei também da cultura marroquina.
Falei ainda de hábitos estranhos naquele país e de peripécias que vivemos durante 7 dias.

Contudo, tenho que falar de algo realmente importante e que nunca mencionei especificamente.

Algo que se não existisse e não tivesse tido o comportamento, o desempenho, a prestação exemplar, possivelmente a alegria com que tenho escrito sobre esta expedição não seria a mesma.
Sim.
Estou obviamente a falar dos jipes que nos levaram, nos guiaram, nos trouxeram, nos acompanharam diariamente sem acusar cansaço...

No entanto, para primeiro post sobre veículos, vou ter, como é óbvio, de falar do meu. Do nosso.
Land Rover Defender 90 -- Matricula de Novembro de 1998 - 16 anos...um adolescente em crescimento!



Serei sempre suspeita ao falar deste carro.
Não só pelo carisma da marca. Não só pelo fascínio por este em especial.
Mas sim por tudo o que já vivi como co-piloto, navegadora, namorada, amiga, mulher e até mesmo como condutora.
Não só porque eu desde pequena tinha um sonho de um dia ter um jipe. 
E este não é um jipe. É "O JIPE".

E com o braço esquerdo sempre de fora da janela.
E os pedais meio desalinhados com a nossa postura de condução.
E os bancos que fazem uns ruídos estranhos.
Ruídos estes que se entranham e passam a normalidade

No entanto, devo dizer que:
Não são problemas. Não são dificuldades. Não são ruídos nem arreliações. 
São singularidades de um carro único.

E, assim sendo, não posso deixar de o admirar.

Admiro-o como se tivesse até personalidade própria.
Admiro-o por nos acompanhar sempre que precisamos dele.
Admiro-o ainda por ter 230 mil km, ter andado cerca de um ano com a junta da cabeça queimada e a única queixa era "sede". Perdia água. Mas nunca nos deixou "a pé" por isso.

Admiro-o porque chegam as férias de verão e está sempre pronto para mais uma aventura.

Admiro-o essencialmente porque quando penso nele, penso automaticamente em todos os locais onde já me levou, a locais onde pouca gente em Portugal tem acesso, quer sejam praias mais escondidas, quer seja por serras de norte a sul do país!

E admiro-o ainda mais porque a todos os locais onde me levou, me trouxe sempre de volta a casa...

E, por mais anos que passem, por mais que a velhice se vá aproximando e subir para ele se torne mais complicado, será sempre o carro número UM do Daniel.

One life, live it!!

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